Luiz Inácio Lula da Silva, após ser eleito em outubro deste ano – assumirá o Palácio do Planalto em janeiro do ano que vem –, tem em seu plano de governo propostas de economia para 2023, entre elas a política de valorização do salário mínimo e a expansão do emprego formal no país.
Principais propostas de economia para 2023 no mandato Lula
Dentre as principais propostas de economia para 2023, encontra-se o Bolsa Família, renda básica e teto de gastos. Confira algumas delas a seguir:
- O Bolsa Família terá a manutenção do valor de 600 reais, porém será acrescido mais 150 reais para famílias que tenham crianças de até seis anos de idade;
- A tabela do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) será reajustada, assim como sua faixa de isenção;
- As dívidas das pequenas e médias empresas, além das famílias, serão renegociadas;
- Os biomas brasileiros serão restaurados e conservados através da economia verde inclusiva;
- Os investimentos em infraestrutura e habitação serão retomados;
- Criação de uma política econômica, visando principalmente a carestia dos alimentos, combustíveis e eletricidade para o combate da inflação;
- Política de valorização do salário mínimo, que visa reajustar a reposição inflacionária junto com a variação do PIB.
É importante frisar que Luiz Inácio Lula da Silva, que prometeu fazer com que a economia gire, terá como alguns dos problemas na economia o déficit orçamentário, teto de gastos e desemprego para lidar em seu mandato.
Em seu governo, Lula terá que criar uma política de crescimento econômico visando a inclusão dos mais pobres, com a redução da cobrança sobre o consumo e simplificação dos tributos para que “os menos favorecidos economicamente paguem menos, ao mesmo tempo que os ricos paguem mais” com a tributação de lucros e dividendos.
Em 2022, por exemplo, as isenções fiscais estão na casa dos 400 bilhões de reais, o equivalente a 4% do PIB brasileiro. A rota de Luiz Inácio Lula da Silva é, portanto, reconduzir isso e tornar mais eficiente os gastos públicos, o que geraria a produção de empregos.
Desde o governo Dilma Rousseff, a política de isenção fiscal somou 1 trilhão de reais de falhas de arrecadação, o que ocasionou o aumento progressivo do desemprego no país – a taxa gira em torno de 8,7%, de acordo com dados de agosto deste ano, o equivalente a 9,4 milhões de cidadãos.
Portanto, o crescimento econômico é o principal foco do próximo governo presidencial, pois a partir disso o país conseguirá estabelecer uma política consistente de distribuição da riqueza, com o pobre incluído nesse cenário e na questão do orçamento.
População brasileira e mercado de trabalho
De acordo com dados de agosto deste ano do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e CAGED (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), 99,3 milhões de pessoas estão ocupadas/trabalhando (menos da metade do total da população do país), sendo que ao mesmo tempo 9,4 milhões estão desocupadas/desempregadas.
Ainda se leva em conta a parte da população que está abaixo da idade de trabalhar, que atualmente é de 14 anos, e é representada por 40,872 milhões de cidadãos.
Por fim, a parte caracterizada como fora da força de trabalho – desalentados (aqueles que desistiram de procurar trabalho), aposentados, indigentes – soma 64,719 milhões de pessoas.
Uma das principais propostas de economia para 2023 no governo Lula é, dessa forma, expandir a produção dos empregos formais, que são aqueles que oferecem rendimentos maiores ao trabalhador. Atualmente, 42,5 milhões de pessoas estão nesse grupo.